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5.
Amanhece na Mansão Halliwell. Patty e Grams ajudam Henry a cuidar de Paige, e esperam ansiosamente pela volta das irmãs.

Finalmente elas aparecem, conduzidas por Leo.

- “E então?” pergunta Grams.

- “Prue ficou detida no Limbo. Ela será julgada, e precisamos organizar uma defesa.”

- “E quanto à Paige?”, pergunta Henry.

Todos se olham. Phoebe faz um sinal de negativo com a cabeça.

Nesse momento, um pequeno arco-íris aparece na sala. A babá leprechaun dessa vez parece mais decidida, e já chega falando:

- “Vocês têm que reunir o Conselho das Ancestrais. Vão fazer isso enquanto eu fico cuidando da dona Paige. E... sim dona Piper, os meninos estão bem. Eles estão na Escola Mágica com minha prima Dulce.”

- “Mas, Mina...”

- “Agora vão! Vocês estão perdendo tempo, e todo o tempo do mundo é necessário para salvar a dona Paige. Eu sei o que fazer.”

As Encantadas se olham. Enfim, a leprechaun tem razão: é melhor começar a trabalhar logo para salvar Prue e Paige.

- “Está bem, vamos para o sótão”, diz Piper.

Todos sobem para o sótão, deixando apenas Henry e a babá leprechaun na sala.

Então, Mina se aproxima de Paige e sussurra no seu ouvido:

- “Senhora? Senhora? Por favor, tem que me dizer onde está...”

Paige faz um grande esforço para falar.

- “No escritório... na gaveta da escrivaninha! Traga-o para mim...”

- “Eu sei, eu sei! Qual escritório, aqui?”

- “Não... no meu apartamento!”

Mina olha para Henry.

- “Vamos até o seu apartamento. Você precisa me indicar o caminho.”

- “Mas não podemos deixar a Paige sozinha aqui!”

- “Oh, não vai demorar muito! Eu lhe dou uma carona. Já andou de arco-íris alguma vez?”

6.

Um raio de sol entra pela janela, iluminando o sótão da mansão. Piper espalha velas pelo chão, preparando o ritual de convocação das Ancertrais.


Quando tudo está pronto, Piper e Phoebe se juntam à mãe e a avó para recitar o feitiço:

“Eu chamo através do tempo e do espaço,
Irmãs, amigas, mães e filhas,
Matriarcas da linhagem a que pertenço
São o infinito espírito da família.”

Logo, dezenas de fantasmas das ancestrais aparecem. Patty conversa com as antepassadas.

- “Precisamos de ajuda. Prue vai a julgamento. Os anciãos acham que ela foi longe demais.”

- “Na verdade, todas nós achamos isso”, diz uma das mulheres. “Mas eles também falharam. Foram omissos, deixaram Prue entregue à própria sorte, sem forças para resistir à pressão que sofria”.

- “Mas dificilmente vão admitir esse erro”, diz outra antepassada. “Veja o que fizeram com Piper e Leo, tentando separá-los a qualquer custo, sem pensar na felicidade dos dois!”

- “Sabemos disso, mas nesse momento o destino de Prue está nas mãos deles. Não vai ajudar nada ficar trocando acusações”, observa Patty.

- “E o que vamos fazer com a Paige?”, pergunta Phoebe. “Alguém tem uma sugestão?”

Um murmúrio enche a sala. As ancestrais conversam por alguns instantes. Depois, uma delas revela:

- “Tenham fé em Paige. Ela pode superar isso.”

- “Mas ela não vai... ficar assim, vai?”

- “Tudo a seu tempo”, diz a ancestral. “Acho que agora precisamos nos concentrar na Prue”.

- “Então, quais serão nossos argumentos no julgamento dela?” pergunta Piper.

- “Acho que temos que nos concentrar no bem que ela já fez no passado, para provar que sua alma é realmente boa”, diz Grams. “Precisamos colocar toda a força e todo o amor da nossa família nisso, mas com tranqüilidade, para que não sejamos traídas pelas nossas emoções. Precisamos de uma boa advogada, alguém que conheça a essência da nossa família...”

- “E quem você sugere?”, pergunta Patty.

- “Eu não sei... qualquer uma de nós poderia perder a calma, e a razão numa situação dessas...”

- “Eu acho que posso fazer isso!”

A voz límpida e segura vem do meio do grupo das ancestrais. Uma delas toma a frente, e se apresenta para a missão:

- “Se me aceitarem, eu vou defender Prue no julgamento dos anciãos.”

É Melinda Warren, que se oferece para salvar sua descendente.

7.
O Limbo é um lugar escuro e solitário. Prue vaga de um lado para outro, sem encontrar conforto em lugar algum.

De repente, ela começa a ouvir algo. É como uma voz falando dentro da sua cabeça.

- “Prue? Pode me escutar?”

“Ishtar”, pensa ela. “Mas... como posso estar ouvindo a sua voz?”

- “É o poder das Sacerdotisas. Você ainda o tem, por isso pode me ouvir. Você ainda é uma de nós!”

- “Não, Ishtar. Agora sou apenas um fantasma, esperando meu destino.”

- “Não diga isso! Você vai voltar a ser Rainha, eu vou lhe tirar daí!”

- “ Ishtar... não quero voltar a ser Rainha. Não sou uma Sacerdotisa, nunca fui, e você sabe muito bem disso. Nem tente me tirar daqui. Estou decidida a pagar por tudo que fiz.”

Ao ouvir isso voz da Sacerdotisa se torna rude, irritada.

- “Você está louca? Quer se arriscar a ser banida, sem sequer se defender?”

- “Minhas irmãs vão providenciar minha defesa, e agora é só do que preciso. Desculpe, Ishtar, mas é melhor me esquecer. Não posso ser quem você quer que eu seja.”

- “Eu não vou deixar isso assim! Lutei muito por você, arrisquei tudo para fazer de você a mais poderosa... Como pode me abandonar assim? Eu faria tudo por você!”

- “Ishtar, eu gosto de você. Apesar de tudo, não consigo deixar de gostar... Mas não posso esquecer que ajudou a me transformar num demônio! E isso... eu não posso perdoar.”

- “Perdoar? Eu não estou pedindo seu perdão! Estou querendo resgatar, salvar você!”

- “Mas eu não quero ser salva. Agora, Ishtar, me esqueça... Siga seu caminho.”

A voz silencia. Prue espera por alguns instantes. Será que foi apenas imaginação? Ela não sabe.

Mas sua intuição diz que não voltará a ouvir a voz de Ishtar novamente.

8.

Quem entra na sala de conferências imediatamente vê uma grande mesa em forma de semicírculo, onde sete anciãos estão sentados. Ao lado, um pouco afastada, fica a mesa dos integrantes da acusação. Na frente deles mas do outro lado do salão sentam Melinda Warren, Piper e Phoebe.
O conjunto inteiro forma um círculo. No meio, uma cadeira vazia espera por Prue.

Quando ela entra todos se calam. Prue olha para as irmãs com um sorriso tímido, que se ilumina quando reconhece Melinda. Ela sorri de volta, retribuindo o cumprimento.

- “A audiência vai começar”, anuncia um ancião. “Prudence Halliwell, você que um dia foi uma das Encantadas, é acusada de juntar-se ao Mundo Inferior e conspirar para tornar-se a próxima Fonte do Mal!”

Prue treme ao ouvir a acusação. O ancião continua:

- “Essa audiência vai definir o seu destino. A partir de agora, a acusação tem a palavra.”

Um dos promotores se levanta e vai até o centro do círculo, aproximando-se de Prue.

- “Na noite de 5 de abril você, Prudence Halliwell, foi conjurada do Mundo dos Mortos e materializou-se na Mansão Halliwell. Naquela oportunidade suas irmãs, Phoebe e Piper, tentaram convencê-la a permanecer na casa e a recusar o convite de um grupo de mulheres demônio. Por que você não atendeu aos apelos das suas irmãs?

- “Eu... antes de tudo quero dizer que sei que fiz uma coisa errada. Mas... aquela noite foi muito estranha! Era como se eu fosse uma outra pessoa, como se eu tivesse acordado de um longo sono, e não fosse mais eu mesma!”

- “Isso não justifica o que você fez. Vejam com seus próprios olhos.”

O acusador faz um sinal com a mão, e uma grande tela aparece no ar. É como um filme que reproduz a cena da noite em que Prue foi trazida à Mansão Halliwell pelas Sacerdotisas da Lua Negra.

- “Prue, não preste atenção no que essa mulher está falando, ela está tentando dominar você!” diz Piper, desesperada.

- “Ninguém me domina. Eu sei exatamente quem eu sou... e sinto o que posso fazer!” responde Prue com arrogância.

- “Prue, eu não tinha idéia de que você não estava feliz...”

- “Não tinha idéia, Piper? E como poderia ter? Você estava aqui, preocupada com a sua própria vida!”

- “Prue, essa não é você! Não permita que a Lua Negra influencie o seu pensamento!”

- “Por que acha que não estou pensando por mim mesma, Phoebe? Também acredita que sou incapaz, como os anciãos?”

A um novo sinal do promotor, o filme pára.

- “Acho que todos puderam sentir a raiva e a maldade contidas nessas palavras. Você deu as costas para suas irmãs e foi para o Mundo Inferior. Que todos vejam o que fez lá!”

O flashback continua, mostrando Prue já como Rainha das sacerdotisas, incentivando suas súditas a lutar contra outros demônios para dominar o Mundo Inferior.

- “Temos que agir agora se quisermos impor o nosso poder. Precisamos de mais guerreiras! Quem está disposta a mostrar para todos os demônios quem manda por aqui?”

Depois, Prue aparece oferecendo-se para convencer humanos a se tornarem demônios e aumentarem as hordas do Mundo Inferior.

- “Estou trazendo um suprimento de novos aprendizes para cada um dos demônios superiores aqui presentes” ela diz, frente aos piores demônios do submundo.

O filme pára novamente. O acusador continua:

- “Você usou poderes mágicos para transformar humanos comuns em demônios. Poucas coisas podem ser piores do que isso!”

Melinda olha para Piper e Phoebe. A acusação é muito grave, e a cara dos anciãos não é boa... elas percebem que vai ser muito difícil salvar Prue.

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