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9.5.2

5.
Tiamat ergue as mãos e entoa um cântico, frente ao altar das Sacerdotisas da Lua Negra. A Grã sacerdotisa coordena o tradicional ritual que reúne todas as integrantes do grupo.

Bem próximo ao altar, num lugar de honra, Prue está sentada com Ishtar ao seu lado.

- “Quanto tempo ainda vai demorar?” pergunta em voz baixa a nova rainha para a sua assistente.

- “Já está acabando. Olhe, é hora de beber o seu tônico.”

- “Ainda não entendo por que tenho que fazer isso na frente de toda essa gente!”

Prue suspira, desanimada. Depois levanta e pega o cálice que estava em cima do altar. Num gole só, bebe todo o seu conteúdo, fazendo uma cara feia ao sentir o sabor amargo do tônico.

Quando tudo está terminado, Timat se aproxima.

- “Tenho notícias importantes, minha Rainha. Foi convocada uma reunião de emergência do Conselho de Demônios.”

- “Agora? Mas por quê?”

- “Na verdade, foi Morloch quem a convocou. Parece que os novos demônios já estão prontos, e ele quer mais alguns para treinar”, explica a Grã Sacerdotisa.

- “Aquele desgraçado! Eu adoraria ter uma oportunidade para acabar com a raça dele!” diz Prue, furiosa.

- “Não, minha Senhora, seria loucura!” pede Tiamat. “Depois de todos os demônios que já foram mortos, vão achar que você está agindo em nome das Encantadas!”

Anjelica Houston como Tiamat
- “É verdade, Prue. Qualquer boato a seu respeito pode abalar tudo o que já conquistamos” reforça Ishtar.

- “Então vou ter que engolir aquele...”

- “Morloch é muito inteligente, minha Rainha, e usou nosso próprio plano para se favorecer. Por isso temos de acompanhar de perto todos os passos dele. É melhor conseguirmos logo mais candidatos, para depois podermos ficar de olho nele”, aconselha Tiamat.

As três partem em direção ao covil onde o Conselho dos Demônios se reúne. Embora não tenha plena consciência disso, Prue sente os efeitos do tônico que acaba de ingerir: uma impaciência quase incontrolável, que se transforma numa profunda raiva. E, nesse momento, a ira da Rainha é dirigida a Morloch.

6.
Paige caminha rápido pela rua, até chegar em frente ao Pan. Essa é a primeira tarde de folga de Henry em muito tempo, e os dois combinaram de almoçar e depois passear juntos.

Ela entra no restaurante e logo localiza o marido, sentado na agradável área externa do Pan.
- “Desculpa pelo atraso, meu amor... olha, o dia está tão bonito! Estou pensando que a gente podia deixar o cinema para outra hora, e fazer alguma coisa ao ar livre, o que você acha?”

Mas a expressão de Henry não acompanha a animação da esposa.

- “Paige... minha folga foi cancelada.”

- “O QUE???”

- “Desde ontem estão acontecendo várias fugas no presídio da cidade, e até nas cadeias das delegacias. Normalmente seria um assunto para os Federais investigarem, mas todos os policiais foram colocados em alerta.”

- “Eu não acredito!”, diz Paige, fazendo uma careta de desgosto.

Nesse momento Piper, que havia visto a chegada da irmã, se aproxima da mesa sem perceber a pequena crise que está acontecendo.

- “Que bom que vocês vieram! Olhem, já mandei preparar o salmão... é a nova especialidade da casa, vocês vão adorar!”

Mas os dois estão em silêncio, Henry com um sorriso amarelo, e Paige com cara de furiosa. Finalmente, ela fala alguma coisa.

- “Obrigada, Piper, nós adoramos vir aqui. Pena que não vamos poder ficar tanto quando eu gostaria...”

- “Paige, você sabe que não é culpa minha”, diz Henry.
- “O que houve? Vocês não iam passar a tarde juntos hoje?”

- “Íamos, Piper, mas houve uma emergência no departamento de polícia, e a minha folga foi cancelada.”

- “Sinto muito, Henry!”

- “Pois eu sinto mais ainda”, diz Paige, fazendo outra careta.

Piper percebe que ela precisa do conselho de uma irmã mais velha.

- “Bem, tenho que ir até a adega pegar um vinho para a mesa quatro. Paige, venha comigo, quero lhe mostrar umas taças lindas que eu comprei!”

As duas vão até a adega, onde Piper usa argumentos para acalmar a irmã.

- “Você não está sendo justa com o Henry!”

- “Mas, Piper... Henry não tem folga há semanas! Nunca podemos estar juntos, parece até que ele não quer ficar perto de mim!”

- “Quantas vezes a gente tem que sair às pressas, por causa de alguma emergência? E quantas vezes você já deixou ele para trás para atender algum de seus protegidos? E isso quer dizer que você não queira ficar com ele?”

- “Não...”

- “E então! Paige, você teve sorte de encontrar um marido que compreende o fato de sermos bruxas, e que ama você assim mesmo!”

- “Você tem toda razão, Piper... como fui egoísta!”

- “Vá, volte para perto do seu marido e não estrague com caras feias o pouco tempo que vocês tem para ficar juntos, ok?”

Paige abre um sorriso e dá um beijo na bochecha da irmã.

- “Obrigada, irmã querida!”

Depois, sai saltitando em direção à mesa onde Henry está. Piper não pode evitar um sorriso. “Se todos os problemas fossem fáceis assim de resolver...” ela pensa, enquanto procura o vinho pedido pelos clientes da mesa quatro.

Distraída, não percebe o grupo de demônios escondidos entre os armários.

7.- “Achei”, diz Piper, abaixando-se para pegar uma garrafa de vinho na primeira prateleira junto ao chão.

Nesse momento três bolas de fogo explodem na parede exatamente no lugar onde ela estava. Piper rola pelo chão escapando por pouco de ser atingida, e tenta se proteger atrás das prateleiras de vinhos.

- “Ataquem! Ataquem!” grita o que parece ser o líder dos demônios.

Imediatamente uma seqüência de bolas de fogo é disparada. Garrafas voam para todos os lados, despedaçando-se no chão.

- “Não o meu chianti!” grita Piper, congelando algumas delas no ar. “Vão acabar com a minha adega!”
Piper ergue as mãos para destruir os atacantes, mas eles desaparecem no ar assim que ela esboça o primeiro gesto. Tudo o que ela consegue é derrubar mais garrafas, que em seguida congela no ar para que não se quebrem.

Os demônios reaparecem e voltam ao ataque. São muitos, Piper calcula que uns oito ou nove. Ela percebe que vai ter que parar de usar sua energia para defender as preciosas garrafas de vinho se quiser se livrar deles.

- “Mais bolas de fogo, agora!” grita o líder.

Piper parece estar perdida. Todos eles lançam bolas de fogo ao mesmo tempo, encurralando-a. Mas, nesse momento, ela escuta.

- “Bolas de fogo! De volta!”

É Paige, que usa seu poder para mandar o ataque diretamente para cada demônio que o enviou. Pelo menos seis deles explodem no ar, atingidos pela própria arma. Os outros escapam, desaparecendo.

- “Nossa, que bagunça! De onde vieram esses demônios?”

- “Eu não tenho a menor idéia. Mas, obrigada... se não fosse por você, acho que teriam acabado comigo!”

Piper olha ao redor, avaliando a destruição da sua querida adega.

- “Quanta confusão! Vou demorar horas para recolocar essas garrafas nos lugares!” reclama, pegando no ar uma por uma das garrafas que congelou.

- “Não seja por isso. Vinho!” diz Paige, fazendo com a mão um gesto para que todas as garrafas voltem para seus lugares nas prateleiras.

- “Olha, você esqueceu de guardar uma”, diz Piper.
- “Não esqueci, não... esta é para o meu almoço!” responde Paige, pegando a garrafa que estava suspensa no ar.

8.Phoebe abre os olhos e se aconchega nos braços de Coop. Uma das janelas do loft está entreaberta deixando entrar um raio de sol que ilumina exatamente a parte da cama onde ela está deitada. Phoebe sorri e olha para o cupido que ainda dorme. Delicadamente, se levanta e coloca um roupão.

Ela vai até a sala sentindo-se cheia de inspiração. Sobre a mesa da escrivaninha está o computador e, ao lado, as provas da capa de seu primeiro livro. “Encontrando o Amor” é o título, seguido por uma foto dela mesma sentada em sua mesa no Bay Mirror.

Phoebe se senta e começa a digitar. Há tanto o que dizer! Seus dedos teclam incessantemente, com uma energia que há meses ela não sentia. Está tão concentrada que nem percebe a movimentação de demônios atrás de si.

- “Ataquem!”, grita o líder, e Phoebe voa pelos ares com a explosão de três bolas de fogo bem do seu lado. Por sorte ela não se machuca, mas os demônios lançam uma nova carga.

- “Uouu!” grita ela, levitando para escapar de mais duas bolas de fogo.

Nesse momento Coop aparece na sala e literalmente desmancha uma cadeira na cabeça do líder dos demônios.

- “Ele pegou o Nick!”, diz um dos atacantes, disparando uma bola de fogo. O cupido se joga no chão para escapar.

Phoebe corre até o armário onde guarda seus apetrechos de magia. Ela abre uma gaveta e enche as mãos com os vidrinhos de poções contra demônios que Piper insistiu que mantivesse ali. Ela joga algumas para Coop, e pega um atame que também estava na gaveta. Os dois atiram os frascos, atingindo imediatamente quatro demônios que explodem no ar.

Com um golpe de karatê Phoebe nocauteia mais um deles, e em seguida elimina-o com o atame. Ao perceber a derrota iminente Nick e outros três demônios desaparecem no ar.

- “O que foi isso, de onde eles vieram?”

- “Não sei, mas vou ligar agora mesmo para Piper e contar o que aconteceu.”

No restaurante Pan, do outro lado da cidade, Piper ouve o celular tocar. Ao atender, fica sabendo que a irmã também foi atacada por um grupo de demônios.

- “Você conseguiu reconhecer algum deles?”

- “Não, mas acho que poderíamos dar uma olhada no Livro das Sombras.”

- “O Leo vai me substituir aqui no restaurante, no turno da tarde. Eu já estou saindo, então vamos nos encontrar na Mansão e olhamos o Livro juntas.”

- “Está bem, eu vou só botar uma roupa e já estou indo para lá.”

- “Como assim, botar uma roupa? São três da tarde, Phoebe, e você ainda não está vestida???”

Phoebe sente o próprio rosto ficar vermelho de vergonha.

- “Depois eu explico, Piper... até já”, diz ela, desligando apressadamente o telefone.

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