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9.5.3

9.Irritado, Morloch caminha de um lado para outro na frente do que restou do grupo de demônios que está treinando. Foram quase vinte enviados para atacar as encantadas, e apenas três voltaram. Ainda por cima, falharam na missão.

- “Seus estúpidos! Eu falei para atacarem APENAS quando elas estivessem sozinhas! Se não for assim, vocês nunca terão a menor chance!”

Os novos demônios baixam a cabeça, envergonhados.

- “Mas, senhor, nós não sabíamos...”

- “E você, Nick, se deixar abater por uma cadeirada? Que espécie de demônio incompetente você é!” interrompe Morloch. “Não quero ouvir mais explicações! Saiam daqui imediatamente.”

Depois que os novatos se retiram, o assistente de Morloch, se aproxima.

- “O que vamos fazer agora, chefe?”

- “Talvez ainda tenhamos uma chance, Shedin... as irmãs não sabem de onde vieram os ataques. Quantos novatos ainda temos no campo de treinamento?”

- “Sobraram mais ou menos uns quinze.”

- “Pois mande que se preparem. Vou ser obrigado a pedir que as Sacerdotisas tragam mais aprendizes. Será uma humilhação mas não posso falhar agora! Shedin, vá até a Rainha e faça o pedido pessoalmente.”


- “Certo, chefe.”

- “Ainda podemos tentar acabar com a mais nova das Halliwell de surpresa. Mas dessa vez eu mesmo vou liderar o ataque!”
10.
Nos aposentos da Rainha das Sacerdotisas, Prue e Ishtar estão sentadas frente a frente. Entre elas, há apenas uma mesa com uma série de objetos em cima: um cálice, uma rosa, um cristal de cor negra e um livro antigo.

- “Concentre-se agora”, diz Ishtar, “em qual deles eu estou pensando?”

Prue demora alguns segundos para responder.

- “Hummm... no livro?”

- “Não! Você não está se concentrando! Veja, o segredo disso não é adivinhar. Você precisa tentar pensar como eu penso, entrar na minha cabeça... é como se você fosse usar o seu poder de telecinese para pegar alguma coisa que estivesse dentro do meu pensamento. Vamos tentar de novo.”
Prue se concentra, olhando fixamente para Ishtar.

- “A rosa!”

- “Sim, você acertou!”, diz a sacerdotisa, abrindo um sorriso. “Vamos tentar mais uma vez”.

À medida que o treinamento avança, o número de acertos de Prue aumenta cada vez mais.

- “Você definitivamente tem o dom”, conclui Ishtar. “Só precisa de mais treinamento. Ler os pensamentos de alguém é o primeiro passo, mas influenciar suas ações através do controle mental é bem mais difícil. O ideal é que tivéssemos mais alguém além de mim mesma para treinar...”

Nesse instante, uma serviçal bate à porta do quarto de Prue.

- “Senhoras... um emissário de Morloch deseja ver a Rainha com urgência.”

- “Mande-o entrar. O que ele pode estar querendo agora?”

Shedin entra nos aposentos, fazendo uma mesura desajeitada.

- “Rainha... obrigado por me receber.”

- “Diga logo o que quer!”

- “Meu mestre mandou-me pessoalmente para fazer um pedido de novos aprendizes de demônios.”

- “E por que ele quer mais aprendizes? Já lhe mandei dezenas!”

Shedin exita um pouco, enquanto pensa numa resposta. Sabe que não deve dizer a verdade à Prue.

- “Bem... é que mais demônios superiores solicitaram um aprendiz. Como a senhora sabe, estamos precisando de mão-de-obra.”

Prue percebe que é o momento exato para testar sua nova habilidade. Ela olha fixamente para o rosto de Shedin, e ordena com voz baixa e calma:

- “Me diga a verdade... Você não pode me mentir!”

A mente do assistente de demônio é facilmente dominada por Prue.

- “Morloch precisa repor os candidatos que foram eliminados.”

- “E como esses candidatos foram eliminados?”

- “Atacando as Halliwell. Meu amo quer usar os novatos para acabar com o Poder das Três.”

Prue quase não pode disfarçar a expressão de choque em seu rosto.

- “Ele usou os meus aprendizes para atacara as Halliwell? E o que aconteceu com elas?”

- “Nada, por enquanto. Mas Morloch prepara uma nova armadilha, usando todos os aprendizes.”

- “Está bem. Ordeno que esqueça tudo o que conversamos até agora”, diz Prue.

Shedin tem um sobressalto, como se saísse de um profundo estado de transe. Confuso, ele não lembra mais do que falava há pouco.

- “Volte para o seu amo, Shedin. E diga a ele que vou providenciar imediatamente os novos demônios que ele quer. Atender a um pedido de Morloch é uma honra para mim.”

Quando o assistente deixa os aposentos, Ishtar imediatamente pergunta:

- “O que você pretende fazer?”

Prue percebe que Ishtar notou sua preocupação com as irmãs, e que está desconfiada.

- “Vou atender ao pedido de Morloch, o que tenho a perder?”

Mas a resposta não é suficiente para tranqüilizar a sacerdotisa.

- “E quanto às suas... às irmãs Halliwell?”

- “Não há nada que eu queira fazer a esse respeito. Reúna um grupo com as mais habilidosas, e prepare-as para sair imediatamente. Temos que ir até alguma prisão e conseguir mais aprendizes. E, Ishtar?”

- “Sim?”

- “Já está quase na hora do meu tônico. Antes de sair, me sirva um pouco, por favor.”

A idéia parece agradar a Ishtar e afastar as sombras de desconfiança. Com um sorriso no rosto, ela derrama o tônico no cálice e vai preparar as sacerdotisas para a missão.


Prue espera que ela se afaste. Depois, pega o cálice e observa seu conteúdo. Vai até um dos vasos de plantas e, lentamente, despeja tudo na terra.

- “Pelo menos hoje estou livre dessa coisa horrível!”

11.Paige está em seu apartamento, em frente ao computador, mandando um e-mail para Henry. “A que horas você chega em casa?”, ela escreve.

A resposta chega poucos minutos depois. Henry diz que ainda não sabe, pois estão desaparecendo presos de todas as penitenciárias e até das cadeias de delegacias da região. Ele está preocupado, pede que ela tenha cuidado ao sair para a rua e que dê uma olhada nas fotos dos fugitivos.

Paige abre o link que o marido lhe mandou. As fotos dos criminosos aparecem à sua frente, e ela leva um susto. “Mas eu conheço esse daqui...e já vi esse aqui também!”, ela pensa, lembrando dos demônios que enfrentou na adega do Pan. “Tenho que avisar Piper imediatamente!”

Mas a intenção é interrompida pelo chamado urgente de uma das suas protegidas. É um pedido de socorro.

- “Calma, Sarah! Eu estou ouvindo você, não precisa gritar!”

A angústia dos protegidos sempre provoca dores de cabeça em Paige.

- “Calma, eu estou indo!”, diz ela, orbitando para a casa de Sarah.

Mas ao chegar tudo o que Paige vê é um apartamento completamente revirado, como se tivesse sido palco de uma luta. Ela anda de uma peça para outra, e não encontra ninguém ali.

- “Sarah, onde você está? Onde você está?”

Nenhuma resposta.

Paige volta ao seu escritório e tira da gaveta da escrivaninha o pêndulo e o mapa da cidade. Imediatamente, ela começa a procurar por Sarah.


12.
Os aprendizes de Morloch imobilizam a protegida de Paige e a amarram numa cadeira. Depois, o demônio ordena que eles se escondam em pontos estratégicos do amplo salão do armazém do porto de San Francisco. O lugar tem um mezanino de madeira, onde alguns aprendizes permanecem agachados. Outros vão para trás de uma divisória, de onde devem sair e atacar a um sinal de seu mestre.

- “Vocês! Fiquem naquele corredor!” diz Morloch a um grupo de novatos. Depois, ele se volta para a jovem raptada.

- “Logo receberemos a visita da sua protetora. Prepare-se para as despedidas, pois será a última vez que você vai vê-la!”

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