Recebi mensagens de leitores perguntando os motivos do meu relativo silêncio com relação à nova versão de Charmed. Afinal nós, fãs, esperamos tanto tempo por isso! Bem, parafraseando uma das atrizes do reboot, eu só vou falar sobre isso uma vez.
Em maio, Holly Marie Combs voltou a criticar o projeto através do Twitter. "Primeiramente, preciso dizer como aprecio os trabalhos e oportunidades que o novo Charmed está proporcionando", comentou a Piper da versão original, "Porém, nunca vou entender o que há de poderoso, divertido ou feminista em criar um show que basicamente diz como suas atrizes originais estão velhas demais para fazer o mesmo trabalho, 12 anos depois."
Holly já havia alfinetado antes o canal CW, que vendeu o reboot para a imprensa como "uma reinicialização poderosa, engraçada e feminista da série original". Então será que o primeiro Charmed não o era? No novo tweet, a atriz voltou ao ataque: "Espero que o reboot seja melhor que o marketing, para que o verdadeiro legado siga. Reboots funcionam quando escutam os fãs apaixonados."
Uma das novas protagonistas resolveu responder à provocação. Sarah Jeffery, que faz a bruxa Madison, defendeu o projeto: "Só vou falar isso uma vez. Eu entendo como o Charmed original é querido por tantas pessoas. Por boas razões. Estamos muito gratos de ter a chance de dar vida para o reboot, abordando temas atuais e relevantes num show com três personagens originais femininas. Estamos assumindo tal responsabilidade com muito respeito."
Tudo bem até aí. O novo elenco tem todo direito de pedir uma chance. Mas a nova bruxa resolveu radicalizar: "Porém, quando minha personagem é desafiada por ruídos futéis dizendo que somos incapazes e estamos condenadas ao fracasso, vou defender a mim mesma e minhas irmãs."
Ruídos fúteis????
O que ela será que está chamando de fútil? Será que foi a crítica mais do que justa de Holly, sobre o showbiz não dar espaço para atrizes com mais de 40 anos? Ou será que fútil é o amor dos fãs, fiéis a tudo que representa a série original?
Vamos ver o que nos oferece o trailer do "novo" Charmed:
O que acharam? Gostaram da casa, uma cópia da Mansão Halliwell? Do Livro das Sombras que parece ter acabado de sair da gráfica? Dos efeitos exagerados para ilustrar os poderes das novas irmãs? Ou do Whitelighter almofadinha com jeito de professor condescendente?
O reboot nada mais faz do que usar elementos queridos do público para atrair a atenção para uma história muito provavelmente cheia de clichês. Como insinuou Shannen Doherty, a Prue da série original, é tudo meio forçado. A própria diversidade, argumento forte de defesa dos novos produtores, ficou com cara de moeda de troca para atrair a atenção de grupos específicos que buscam por representação na telinha. Tudo para conquistar a audiência mais pelo uso desses elementos do que por uma trama cativante e inovadora, como foi a do Charmed original, ou pelo carisma dos personagens.
Ok, isso não é nada diferente do que acontece com outras séries. Mas estão mexendo com um fandom poderoso... Que sobreviveu e se renovou ao longo do tempo. E, sim: é necessário terem algum respeito.
É claro que vou assistir pelo menos ao piloto do novo Charmed, mas algo me diz que não vou conseguir acompanhar uma temporada inteira. Muito menos fazer comentários por aqui. Vamos manter nosso espaço sagrado.
Blessed be!
Um comentário:
eu tambem pretendo ver o piloto , pra saber ate onde vai ..
Postar um comentário