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10.2.3

9.

Phoebe volta ao alojamento e encontra as irmãs sentadas em suas camas.

- “E então? O que você descobriu na enfermaria?”

- “O médico que me atendeu foi o mesmo que tratou de Elisabeth quando ela esteve lá. Tive uma visão enquanto ele me examinava... ele dizia que ela estava bem, só precisava de repouso.”

- “Isso quer dizer que ela não teve ferimentos graves, que pudessem levá-la a morte!” conclui Piper.

- “Mas não é só isso: eu dei uma olhada no protocolo que as presas assinam na enfermaria. Lá tem a assinatura de Elisabeth na entrada, mas não na saída. Por algum motivo, ela saiu sem assinar!”

Paige faz sinal para que as irmãs fiquem em silêncio. É Maxine que se aproxima. E ela traz nas mãos os mesmos vestidos de festa que, dias antes, estavam no vestiário da prisão.

Maxine joga três vestidos na frente das irmãs.

- “Coloquem isso e vão se arrumar. Vocês vão sair.”

- “E para onde vamos com isso?”, pergunta Phoebe.

- “Vocês receberam um convite. Do tipo que não podem recusar.”

Vestidas e maquiadas para festa, as irmãs são levadas até uma bela mansão. Ao entrarem, percebem que está acontecendo um tipo de recepção. Elas logo reconhecem as mulheres presentes: são todas presidiárias de Pine Parrish, vestidas com roupas sexys.

No centro do salão, sentada numa grande poltrona, está a diretora da prisão. Maxine manda que elas se aproximem.

- “É um prazer vê-las aqui!”, cumprimenta a senhora Sorenson. “Sejam bem-vindas à minha casa. Ficaram muito bonitas com esses vestidos.”

- “Não tivemos outra alternativa”, ironiza Paige.

- “Ora, não seja modesta, senhorita Garrett. E você, Jill, melhorou do estômago?”

- “Sim, era apenas uma alergia” responde Phoebe. “Sou alérgica a trabalhar em campos de batatas!”

- “Você tem razão. Moças delicadas como vocês não deveriam estar fazendo tal coisa”, diz a diretora da prisão.

- “E como poderíamos evitá-lo?” pergunta Phoebe.

- “Vocês são moças inteligentes. Podem perceber as vantagens que terão colaborando... com esta minha instituição.”

- “Que tipo de vantagens?” pergunta Paige.

- “Em primeiro lugar, vão trocar a colheita de batatas pelas minhas festas. Agora, misturem-se aos meus convidados. Quero que todos se divirtam muito. Depois falaremos das outras vantagens.”

A senhora Sorenson se levanta e vai receber mais um grupo de homens que está chegando. Três outros convidados se dirigem para as irmãs.

- “Estas festas estão cada dia mais interessantes!” diz um deles, oferecendo uma bebida para Phoebe.

10.

Phoebe massageia com habilidade as costas do homem deitado à sua frente. Ele tem um copo de whisky na mão e, obviamente, já bebeu demais. Os dois estão num dos quartos do casarão da senhora Sorenson reservado a receber os "convidados" das festas.

Phoebe espera que, estando bem relaxado, o homem solte a língua.

- "Quer dizer que você conheceu Elisabeth Hunter? Onde?"

- "Foi na enfermaria do presídio" responde o homem, enrolando a língua. "Eu te contei que forneço medicamentos para o presídio, não?"


- "Sim, falou sim. Continue."

- "Ela esteve numa das festas, também. Moça bonita, mas não sabia como se comportar aqui!"

- "Elisabeth estava doente ou ferida quando você a viu?"

- "Não, ela parecia bem. Mas estava muito assustada... talvez por isso tenha fugido do presídio."

- "Então ela fugiu?" espanta-se Phoebe. "Quer dizer que está livre agora?"

- "Oh, não, eu não acredito nisso. O xerife e aquele assistente dele foram atrás dela como cães de guarda. Se eles a pegaram, tenho certeza de que não a deixaram viva."

Uma sombra de tristeza se espalha pelo rosto de Phoebe. Sua intuição já dizia que algo assim tinha acontecido, e a impressão daquele homem apenas confirma seus piores pressentimentos.

Esse pensamento é interrompido pelo barulho do copo, rolando pelo chão. O homem caiu ferrado no sono. Ela aproveita a deixa para deixar o aposento, e investigar um pouco mais o que acontece naquela casa.

Phoebe caminha pelo corredor na ponta dos pés. Há vários quartos para receber os clientes da diretora da prisão. Mas uma porta entreaberta lhe chama a atenção: Phoebe entra no escritório da senhora Sorenson. Ela vasculha os papéis em cima da escrivaninha, e encontra vários cheques pagos à diretora. "Essa mulher deve estar muito rica", conclui, ao ver os valores.

A parede coberta por uma cortina lhe chama a atenção. Aberta, ela revela a verdadeira origem do mal naquela casa: o altar de magia negra, com uma estátua em tamanho natural que a deixa arrepiada. Mesmo sendo de pedra, seus olhos parecem vivos como se a seguissem pela sala.

Phoebe olha para a mulher de pedra à sua frente. Ela sabe que já viu aquela imagem, provavelmente em alguma das páginas do Livro das Sombras, mas não consegue lembrar de quem é. "Talvez uma visão ajude", ela pensa, esticando a mão para tocar na figura.

Nesse instante, alguém atrás dela a segura com força. Phoebe se prepara para dar um golpe de karatê, mas não tem tempo para isso: um lenço embebido numa substância com cheiro forte é colocado diretamente sobre o seu nariz. Phoebe vê tudo ficar escuro, e perde os sentidos.

11.

Lilith está em sua forma humana, e muito aborrecida. À sua frente, a diretora da prisão tenta dar explicações para sua mestra. Ao lado dela, o xerife e Carlo mantém a cabeça baixa. Num dos cantos do escritório, Phoebe, Piper e Paige estão desacordadas sobre um sofá.

- “Estúpidos! Vocês trouxeram as Encantadas diretamente para o nosso covil!”

- “Mas, senhora... como íamos saber? Elas tinham identidades falsas! Pareciam jovens comuns como as outras!”

- “Cale-se! Estou cheia da incompetência de vocês. Se qualquer um no Mundo Superior descobrir sobre o nosso esquema, está tudo acabado! Temos que nos livrar delas!”

Carlo dá um passo à frente, com uma arma na mão.

- “Eu ia sugerir isso mesmo, minha senhora... elas já estão acordando, é melhor acabar com elas agora mesmo.”

- “Seu tolo, se matar as Encantadas aqui dentro em dois minutos todo o Mundo Mágico vai invadir essa casa. E elas certamente estão sendo rastreadas por alguém...”

Lilith pensa por alguns minutos. Em seguida, dá novas ordens aos seus seguidores:

- “Consigam algemas com correntes, as mais grossas que tiverem. Tragam o carro em que elas foram presas, vamos levá-las para uma caverna no deserto. Que tudo seja muito discreto, ninguém no Mundo Mágico pode descobrir que sabemos quem elas são. Sorenson, amanhã os registros da prisão vão mostrar uma fuga. As presas Sabrina, Kelly e Jill vão simplesmente desaparecer do alojamento, e depois render o vigilante do depósito e retirar o próprio carro à força.”

- “Mas, senhora...” diz o Xerife, “não há algema no mundo que possa conter o poder das Encantadas!”

- “Sei de alguém que pode ter a solução para isso. Mantenham-nas inconscientes enquanto vou fazer alguns contatos.”

Lilith desaparece, transformando-se em pedra novamente. A diretora da prisão vai até o telefone, e passa as instruções para que Maxine altere os registros da penitenciária. O xerife coloca mais clorofórmio no lenço, para garantir que as irmãs não acordem. E em alguns minutos, Carlo volta com dois pares de pesadas algemas.

Ele prende o pulso direito de Piper com o esquerdo de Phoebe, e depois o pulso direito de Phoebe com o esquerdo de Paige.

A estátua de pedra ganha vida mais uma vez: Lilith está de volta.

- “As Encantadas têm muitos desafetos... alguém que eu conheço providenciou isto”, ela diz, entregando um pequeno frasco ao xerife.

- “O que é?”

- “Uma poção para suspender o poder delas. Pingue algumas gotas em cada uma das algemas, e elas não serão mais do que apenas mulheres comuns.”

O xerife faz exatamente o que Lilith diz.

- “Mas, cuidado. O efeito é temporário. Não há o que consiga suprimir o poder das Encantadas por muito tempo. A poção deve ser reaplicada a cada seis horas. Agora, levem elas para o deserto.”

- “E o que vamos fazer depois?”

- “Vamos simular um acidente durante a fuga das três. Um acidente fatal.”

12.

O dia já clareia quando a viatura dirigida por Carlo chega a uma caverna, na área desértica ao redor de Pine Parrish. Ele estaciona e de prepara para retirar a “carga”: Piper, Paige e Phoebe ainda desacordadas, são liberadas das algemas por alguns minutos, enquanto ele leva uma a uma para dentro da caverna.

Piper e Phoebe são colocadas no chão. Quando ele se prepara para buscar Paige, ouve o barulho de outro veículo que se aproxima. É o xerife, trazendo o carro das encantadas que servirá para simular o acidente.

- “É pena que tenhamos que nos livrar dela assim” ele diz, pegando Paige no colo. “Eu adoraria ter uns minutos a sós com essa daqui!”

- “Fique longe dela, você ouviu o que Lilith falou!”, adverte o xerife. “O que não precisamos agora é de mais confusão”.

- “Mas será que, nem por matá-las, podemos ter algum crédito? Vamos fazer o que os demônios mais poderosos vêm tentando ao longo dos anos... e nem podemos contar para ninguém! Imagine o poder que isso nos daria no Mundo Inferior!” diz Carlo, colocando Paige ao lado das irmãs e voltando a prender as algemas.

O xerife solta um suspiro.

- “Poderia ser o fim de todos esses séculos de servidão... matar as Encantadas nos tornaria muito influentes...”

- “Exatamente! Mandaríamos Lilith e todas as suas ordens às favas! Não dependeríamos mais dela, receberíamos nossas próprias bolas de fogo, poderíamos até ser a próxima Fonte do Mal!”

- “Mas teríamos que levá-las para o Mundo Inferior, para provar que foram mortas por nós. E se Lilith descobrir antes dos outros, ela vai nos destruir! Como vamos fazer isso sem que ela perceba?”

Os dois se envolvem na discussão imaginando planos para enganar Lilith, e não percebem que, aos poucos, as irmãs começam a acordar.

Paige solta um gemido. “Shhhh”, diz Piper, apontando para os demônios.

- “Será que eles nos trouxeram para o Mundo Inferior?” cochicha Phoebe.

- “Vamos descobrir depois. Primeiro, vou acabar com eles!” responde Piper, fazendo com as mãos o gesto para explodir.

Mas... nada acontece.

- “Não funciona! Não consigo explodí-los!”

- “Também não consigo orbitar!” cochicha Paige.

Piper levanta braços, preso com algemas ao da irmã.

- “Pelo jeito eles já sabem quem somos, mas como neutralizaram nossos poderes?”

- “Eu não sei, mas tenho uma idéia de como usar essas algemas. Venham, vamos aproveitar que eles estão distraídos. Vocês duas vão ter que me dar sustentação para um golpe de karatê.”

As três se levantam com dificuldades, e se aproximam silenciosamente pelo canto da caverna. Os dois demônios não estão muito longe.

- “Agora!” ordena Phoebe, erguendo-se no ar apoiada nos braços das duas irmãs. Ela joga todo peso de seu corpo nas pernas, que atingem em cheio o peito de Carlo. O demônio cai desacordado imediatamente.

O xerife faz mensão de fugir, e Paige aproveita sua mão livre para o acertar com um soco no rosto.

- “Ouch”, ela diz, sentindo os dedos doerem.

Phoebe aproveita para completar o golpe com uma forte pancada na nuca do demônio, que vai a nocaute.

- “Não é que deu certo?” diz Piper. “E, Phoebe... você precisa me dar a receita dessa sua dieta!”

- “É melhor darmos o fora daqui!” responde Paige, ainda esfregando a mão ferida.

As três saem da caverna e descobrem que não estão no mundo inferior.

- “Olhe, o seu carro!” diz Phoebe, apontando para o jeep de Piper que o xerife trouxe até o local.

- “Está encharcado com gasolina!” constata Piper, indignada. “Esses idiotas detonaram meu carro!”

- “E pelo jeito queriam nos detonar também, dentro dele” responde Paige. “Vamos ver a viatura do xerife.”

Mas o veículo está sem as chaves.

- “Deve estar com eles, e é melhor não entrarmos lá dentro para buscar. Os dois podem acordar a qualquer momento!”

- “Vamos embora a pé mesmo”, diz Phoebe.

- “Por aqui!” dizem Piper e Paige, ao mesmo tempo, cada uma correndo para um lado diferente.

Phoebe, que está presa pelas algemas no meio das irmãs, fica com os braços esticados.

- “Ei, esperem aí! Olhem o que estão fazendo comigo!”

- “Oh, desculpe... vamos para aqueles arbustos.”

As três saem correndo, dessa vez para o mesmo lado, e desaparecem entre a vegetação rasteira.

Um comentário:

Anônimo disse...

Mais como o mundo mágico ia aparecer se eles n tem como matar um demônio superior e ela es n brigaram com as nossas queridas #charmedones ?

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